A sustentabilidade e a preocupação com a saúde têm levantado discussões sobre o uso de determinados elementos nas formulações cosméticas. Surge então o termo “cosméticos free” – produtos livres de elementos comprovadamente nocivos.
“Esses ativos, quando em contato diário com o corpo, podem provocar desde irritações e alergias cutâneas até doenças mais graves, como o câncer”, alerta a Dra. Anelise H. Leite Taleb, farmacêutica e consultora técnica da farmácia de manipulação TAVE. Confira os nomes de alguns vilões apontados pela farmacêutica que pouco a pouco estão sendo banidos:
Conservantes liberadores de formol
De acordo com um estudo do Departamento de Dermatologia da Universidade de Debrecen, estes produtos podem contribuir para o surgimento do câncer de pele quando associados à exposição solar. Cientificamente, são eles: quatérnium-15, diazolidinil hora, imidazolidinil ureia e DMDM hidantoína.
Óleo mineral e outros derivados do petróleo
Por conta de suas propriedades emolientes, os óleos minerais estão presentes em grande parte dos cosméticos. Entretanto, estudos do Departamento de Epidemiologia da Escola de Saúde Pública de Los Angeles revelam que o composto 1,4-dioxano pode estar relacionado a cânceres de pulmão, esôfago, estômago, linfoma e leucemia. Nos rótulos ele aparece como paraffin oil ou mineral oil.
Parabenos
De acordo com um estudo da Universidade de Reading, do Reino Unido, os parabenos, presentes em produtos para a região das axilas, como desodorantes, apresentam propriedades similares as do hormônio feminino estrógeno. Esta pode ser uma das causas para o aumento da incidência de câncer de mama. As principais nomenclaturas para os parabenos são: parabens, methylparaben, ethylparaben, propylparaben e butylparaben.
Propilenoglicol
Usado em diversos cosméticos para diluir outras substâncias, o propilenoglicol pode causar alergias e irritações. Para saber se o produto contém o componente com potencial sensibilizante, procure na embalagem as palavras propylene glycol.
Ureia
É um dos principais hidratantes utilizados em cosméticos. De maneira geral, o produto não causa danos à saúde, mas é proibido para mulheres grávidas, pois a ureia penetra na pele e pode atravessar a placenta, prejudicando o bebê. Além disso, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proíbe a fabricação de hidratantes com mais de 10% de ureia e qualquer produto com dosagem maior que 3% precisa conter o aviso “não utilizar durante a gravidez”.
Fonte: Viva Beleza