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Até que ponto é bom o seu salão de beleza crescer?

Até que ponto é bom crescer?

A expansão do salão de beleza é um sonho para qualquer profissional ou empresário do setor. Crescer, vencer, progredir, ser visto como um destaque no meio é o objetivo e a aspiração da grande maioria. Abrir novas lojas, atender cada vez mais cliente, e lógico, em conseqüência disso, ganhar mais dinheiro. Afinal, quem não gosta do sucesso?


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Crescer é importante, porém é necessária uma estrutura compatível com as necessidades que o crescimento requer, nas áreas administrativa, operacional e financeira. Todos estes fatores estão envolvidos em uma expansão e devem ser cuidadosamente analisados. Se depois de uma boa avaliação da situação atual, ainda assim não houver um ambiente favorável, o melhor é ficar no mesmo lugar, quietinho à espera de uma ocasião mais propícia para alçar vôos mais altos.

Insistir em algo, que na fase de planejamento já aponta para uma deficiência estrutural pode se tornar um grande problema. Exemplos disso não faltam em nosso meio. Bons profissionais tiveram problemas, ao tentar migrar de uma posição sólida num salão pequeno, para a condição de donos de grandes salões, que ás vezes duram no máximo um ano.

Para obter sucesso no processo de expansão, deve estar atento em alguns fatores importantes, como por exemplo:

DINHEIRO – Parece até “chover no molhado”, mas quem quer crescer tem que estar consciente que o retorno pode demorar e a suas despesas fixas, com certeza vão pelo menos dobrar. Precisamos ter uma base financeira sólida, para suprir as necessidades iniciais. Tomar cuidado para não trilhar o velho e inevitável caminho do fracasso, ou seja, começar a entrar no limite do cheque especial, dos cartões de crédito e ai, a “bola de neve” está configurada. Neste caso, para que isso não ocorra, ou o dono do salão se prepara financeiramente com recursos próprios, ou então, se tiver certeza do potencial do novo empreendimento, uma solução mais complicada, mas que pode ser um “tiro certo”, é tentar buscar recursos financeiros em programas de incentivo através do Sebrae, Proger e outros mais…

AMBIENTE FAVORÁVEL – Descobrir se o mercado está favorável a um determinado tipo de empreendimento, não depende só da situação geral do país, mas também, como a clientela de uma determinada região está sendo atendida pelos salões de beleza já existentes. Lógico que sempre haverá pessoas precisando cortar o cabelo, fazer as unhas ou cuidar da pele, mas nem sempre há um salão que corresponda às expectativas, da maioria dos consumidores da região. Vejo que às vezes, falta bom senso por parte de alguns empreendedores, que só se preocupam com a aparência, montando um salão bonito, mas sem ao menos pesquisar o que seus potenciais clientes estão buscando em matéria de serviços de beleza, quais as suas carências, e desejos. Precisamos fazer uma pesquisa, avaliando o padrão de consumo da região, garantir o mínimo de faturamento para manter a estrutura do salão.

À vezes avaliam assim: “O ponto é bom, temos vários escritórios e empresas por perto” Que maravilha! Parece que o lugar tem um bom fluxo de clientes, mas qual o real poder aquisitivo destas pessoas? Quanto elas acham justo investir por um bom corte ou quantas vezes elas costumam ir ao salão por mês? Qual é o estilo de consumo da região?

Isto é planejamento estratégico, e sem ele, por melhor que sejam os profissionais do seu salão e por mais capazes que sejam os administradores, faltará o principal:  O CLIENTE.

PROFISSIONAIS – Para muitos empresários do setor, o profissional é quem faz o salão. O atendimento, simpatia, qualidade das soluções apresentadas fazem com que um bom cabeleireiro tenha sempre uma quantidade de clientes fixos e fiéis. O mesmo exemplo serve também para as manicures, esteticistas, depiladoras, etc…

Estes profissionais, que são capazes de fazer e segurar o nome de uma casa, infelizmente são poucos, apesar da enorme oferta de pessoal no mercado. Quem deseja abrir um novo salão ou expandir o atual, deverá ter pelo menos, uma equipe formada, treinada e capacitada, pois do contrário, o atendimento não fluirá e o “ boca-a-boca”negativo, acaba fazendo, que o salão quebre.

Lembre-se: Equipe em treinamento constante é fundamental.

ADMINISTRAÇÃO – Em relação a funcionários administrativos, as dificuldades são ainda maiores, quase não existem pessoas capacitadas a trabalhar como auxiliares ou como administradores de salão. Não se trata da obtenção de um diploma de “Administração de Salão”, que muitas vezes acabam enfeitando as paredes dos escritórios, mas sim, de pessoas comprometidas, com habilidade para se relacionar com clientes, profissionais, fornecedores. Este tipo de função dentro do salão, normalmente é ocupado pelo próprio dono.

Vai aqui um conselho: “Se o dono do salão é cabeleireiro e quer aproveitar a “maré boa” do seu sucesso para fazer o negócio crescer, deverá contar com um bom auxiliar para administrar as contas e o fluxo de trabalho.
A confiança neste profissional, afinal, você vai deixar os seus negócios nas mãos de outra pessoa, também precisa ser bem avaliada e caso no momento, você não encontre um profissional com estas características, é prudente adiar os planos de crescimento por um tempo.

Atualmente, pela própria explosão do setor de beleza no Brasil, está fácil abrir ou expandir o seu negócio, mas lembre-se, pode estar ainda mais fácil de se afundar com ele, porque além da concorrência elevada, a má qualidade de gestão, aliada à falta de qualidade dos serviços e às vezes até dos profissionais que vão prestar os serviços podem ajudar o empreendedor a formar um salão sem cara, sem diferencial e o mais triste, sem futuro.

Portanto, avalie bem sua condição atual. Análise bem os prós e contras e sinta o momento certo, pois nem sempre é hora de crescer. O sucesso e a prosperidade conquistam-se a cada dia, degrau por degrau e nem sempre com a rapidez que o nosso coração deseja.


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