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5 dicas essenciais para administrar um salão de beleza

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Graças ao maior poder de compra da classe C, o mercado de beleza e estética no Brasil nunca esteve tão aquecido. Dados do Euromonitor, instituto especializado em hábitos de consumo, indicam que os brasileiros já ocupam o segundo lugar no ranking global em compra de produtos para os cabelos.


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O aumento da formalização de pequenos negócios também comprova a boa fase do setor. Segundo a coordenadora de Serviços do Sebrae, serviço de apoio à empresa, Andrezza Torres, entre 7% e 9% do total de empreendedores individuais – pessoa que trabalha por conta própria e se legaliza como pequeno empresário – espalhados pelo país são cabeleireiros.

Andrezza Torres e a gestora da área de beleza e estética do Sebrae-SP, Elderci Garcia, destacam cinco dicas para quem pretende entrar nesse setor ou busca melhorar a lucratividade de seu negócio. “O ponto zero é gostar de lidar com pessoas. Salões de beleza não são apenas prestadores de serviços. Eles proporcionam qualidade de vida aos clientes”, diz a gestora.

1.Formalize-se

A formalização é a maior prova que você pode dar ao mercado de que atua no ramo por opção e não por falta dela.

Em todo o país, quem fatura até R$ 60 mil por ano pode acessar o Portal do Empreendedor e fazer a inscrição como empreendedor individual. Após o cadastramento, o CNPJ e o número de inscrição na Junta Comercial são obtidos imediatamente e não é preciso encaminhar nenhum documento.

Na capital paulista, quem está dentro do limite de receita bruta anual igual ou menor que R$ 60 mil pode se valer das facilidades do Eu Sou Mei (Microeempreendedor Individual). O programa oferece pontos de cadastramento para empreendedores individuais em unidades do Sebrae, eventos e, até mesmo, a visita de um consultor para a regularização. As inscrições são gratuitas, basta apenas apresentar cópia da carteira de identidade. Para saber mais acesse o site.

2. Entenda o mercado

Antes de abrir um salão de beleza, é preciso pesquisar o mercado onde se pretende atuar. Entidades de classe, como sindicatos e associações, são também boas fontes. No site do Sebrae, há vários artigos e estatísticas sobre o setor.

3. Planeje

Mesmo quem já abriu as portas sem planejar deve fazer o plano de negócios. O manual estrutura o fluxo de caixa da empresa, a divisão de tarefas, os padrões de atendimento, o plano de marketing, aspectos jurídicos, missão, visão e valores. “Enfim, é tradução da empresa no papel. Representa um retrato do estágio inicial, mas é também a documentação das metas e objetivos. Não dá para seguir em frente sem ele”, afirma Andrezza Torres.

4. Conheça fontes de financiamento

Segundo as especialistas do Sebrae, um erro comum é alijar o patrimônio para abrir um negócio. Obter recursos via crédito pessoal ou cheque especial são também armadilhas comuns de se cair.

O correto é o empreendedor buscar financiamento como pessoa jurídica, pois os juros, via de regra, são menores. “Não são todos os bancos que oferecem linhas de crédito específicas para empresários do ramo da beleza e estética, mas muito têm planos especiais e o empreendedor deve conhecer todos para poder comparar e escolher o melhor”, afirma Andrezza Torres.

5. Atenda bem

No setor de serviços, atendimento é muito importante. No ramo de beleza e estética, no qual as experiências estão ligadas às sensações e ao toque, ele é tudo. “As pessoas passam horas no salão, não só para fazer as unhas. Elas vão para relaxar e se presentearem com um momento de descontração. Bater um bom papo, em um ambiente agradável, tomar um café; tudo isso faz parte do atendimento”, diz Elderci Garcia

Assista esse video curto com dicas de administração no salão

Os principais erros ao abrir um salão de beleza

1. Querer entrar no mercado sem conhecimento sobre funcionamento, legislação, contratação, administração da equipe e pouca preocupação com o cliente.

2. Encarar a vida de empresário da beleza como um hobby e dedicar-lhe apenas as horas vagas – Estar pela manhã e retornar somente no final do dia.

3. Localização do ponto e aluguel – Estima-se em 10% do faturamento o valor máximo do aluguel.

4. Estoques, o calcanhar-de-aquiles – Não saber administrar produtos, não evitar o desperdício. Atualmente manter um pequeno estoque é uma tendência cada vez maior.

5. Investimento incompatível e falta de capital de giro, por exemplo, pois o tempo de retorno é superior a três anos. Tem que haver uma capitalização que permita ao salão operar no vermelho por algum tempo.

6. Não controlar despesas, e não gerenciar o fluxo de caixa.

7. Não formalizar a relação com os colaboradores. Ficar vulnerável a reclamações trabalhistas.


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