Ícone do site Carreira Beauty Blog

Cuide dos pés: Verrugas Plantares

Cuide dos pés: Verrugas Plantares

Generalidades

As verrugas resultam da ação do Papiloma Virus Humano nas células epiteliais e, por sua alta freqüência, assumem importância na prática médica diária. Sua localização plantar (Verrugas Plantares) é aproximadamente 15 vezes menor do que em outras regiões (Verrugas comuns) mas, por situarem-se em área de descarga do peso corporal, as verrugas plantares tornam-se extremamente dolorosas e incapacitantes. A inoculação do vírus, através do contato ou escarificação, pode produzir a disseminação da doença no mesmo indivíduo ou em indivíduos diferentes. O período de incubação varia de 1 a 21 meses (média de 4 meses). Não se conhece a verdadeira taxa de inoculação natural da doença mas, em laboratório a taxa de inoculação é bastante alta. As maiores taxas de infecção são observadas entre os adolescentes e adultos jovens, principalmente nos grupos que exercem atividades comunitárias (piscinas públicas, escolas e quartéis). Estudos populacionais demonstram que 50% das lesões verrucosas involuem espontaneamente em prazo de 1 ano e 75% desaparecem, mesmo sem tratamento, durante o segundo ano de evolução.

Clínica e Diagnóstico

A maioria dos pacientes procura auxílio médico por causa da dor. Grande parte das verrugas plantares se instalam na pele que recobre proeminências ósseas por serem as regiões mais sujeitas às escarificações, por onde ocorre a inoculação do vírus (87%). A pressão exercida pelo peso do corpo contra o calçado ou solo estimula a hiperqueratose com a qual a dor está diretamente relacionada. As verrugas diferenciam-se dos calos comuns por apresentarem uma rica rede de capilares que se superficializam próximo ao centro da lesão. Quando estes capilares estão trombosados, apresentam-se escurecidos, dando à lesão um aspecto rendilhado. Quando escarificadas, as verrugas apresentam sangramento central. As verrugas plantares podem se apresentar como lesões únicas ou em “mosaico”, sendo que uma das lesões (geralmente a maior) é denominada “verruga mãe” e as demais “verrugas filhas”. O diagnóstico é basicamente clínico e os exames de laboratório pouco podem ajudar restanto a biópsia para o esclarecimento definitivo nos casos duvidosos. Um dado clínico de importância prática na diferenciação de uma verruga plantar com um calo comum é o tipo de dor que estas lesões apresentam: as verrugas apresentam dor intensa quando são comprimidas lateralmente sendo relativamente indolores à compressão central; os calos simples são mais dolorosos à compressão central.

 Tratamento verrugas plantares

Existem mil maneiras de se abordar o paciente com Verrugas Plantares, desde as mais bizarras às mais científicas. Isto se deve ao fato de que qualquer método atua satisfatoriamente em alguns casos e nenhum consegue controlar “todos” os casos. Costumamos abordar as verrugas plantares através do uso de palmilhas dotadas de zona de descarga para as áreas dolorosas (orifícios preenchidos com espumas macias) combinado com medidas físicas e químicas para a escarificação do centro da lesão. Realizamos a proteção da pele normal que rodeia a verruga com vaselina líquida ou pastosa e, após a curetagem do centro da lesão, aplicamos pequenas quantidades de ácidos de concentrações variadas com o auxílio de bolinhas de algodão. Depois de 3 a 4 minutos, o local é lavado com soro fisiológico e um curativo simples é aplicado sobre a lesão. Esta operação é repetida uma ou duas vezes por semana e nos intervalos o paciente faz a aplicação domiciliar de soluções coloidais de salicilatos. De maneira geral, em três meses, a maioria dos pacientes (70%) já não paresenta infeção local. O critério utilizado para a alta é o aparecimento de textura normal da pele e a redução da hiperqueratose circundante da lesão, ao exame com lupa. Durante todo o tratamento, sugere-se o uso de roupas de banho, meias e calçados exclusivos. Afastamos o paciente de suas atividades em locais que favoreçam a inoculação viral de outras pessoas tais como piscinas, clubes, banheiros públicos, etc… Por poder estar contaminado com partículas virais infectantes, tanto os calçados como as palmilhas utilizados durante o tratamento deve ser desprezados ou, no mínimo, imersos em solução de formol a 0,4% por 72 horas consecutivas. Finalmente, contraindicamos formalmente as modalidades de tratamento que produzam grande dor, escaras, cirurgia, fulguração ou irradiação das lesões pois o risco e as complicações que trazem para o doente são maiores do que os observados na evolução natural da própria doença.

Sair da versão mobile