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A deficiência do profissionalismo na área da beleza

É impressionante o numero de escolas e cursos que surgiram nos últimos anos na área da beleza. Por um lado, temos que agradecer a facilidade de informações que obtemos rapidamente, principalmente online, mas por outro, tem sido motivo de preocupação ver tantos profissionais sem qualificação e experiência suficiente para assumir uma posição no
mercado.

Um exemplo são os cabeleireiros, lembro-me que nos anos 90 quando eu já estava com quase 2 anos como assistente em uma das maiores franquias de salões do Brasil, eu achava que estava pronto para assumir uma cadeira como profissional, alguns cabeleireiros experientes diziam que eu precisava de mais treino, foi ai que resolvi sair do publico A e assumir uma cadeira em um salão na periferia, foi ótimo, as pessoas pagam menos, mas exigem qualidade, dessa forma eu adquiri experiência para voltar para os grandes salões, mesmo assim fui submetido a vários testes.

Hoje percebo que a deficiência já começa pela filosofia interna dos salões, tem uns que gostam de desafios, estão sempre antenados com as novidades e mantem a equipe treinada, porém a maioria quer bons profissionais em seu time, mas não fazem muito pelo crescimento da equipe. Não importa o tamanho que ela seja, quem não investir em treinamento vai sofrer as consequências, porém o maior interessado em crescimento ainda tem que ser o profissional, afinal, é ele que vai prestar o serviço ao cliente.

Tem cabeleireiro (a) que assumiu uma cadeira cedo demais, quando a cliente pede um penteado ou uma coloração especifica ele não sabe fazer e acaba passando a vez pra outro profissional, tem aqueles que se dizem escovistas, mas em minha opinião deveriam continuar assistentes até se qualificarem como cabeleireiros. Não dá para fazer o ensino médio e decidir quais matérias quer estudar, ex: “gosto de português e matemática, mas não quero estudar física e química”, da mesma forma é o cabeleireiro, ou ele é completo ou então fica como assistente prático, mas acho que estamos bem longe dessa realidade.

Tem gente com 6 meses de curso se lançando como profissional no mercado, mas trataremos melhor deste assunto em outra matéria.

Aqui vão algumas dicas para se qualificar no mercado:

1.Ouça a opinião de profissionais mais antigos, peça para eles
avaliarem seu trabalho.

2.“Elimine matéria”, se já faz uma boa escova lisa, aprenda ondulada,
se já corta bem com tesoura, aprenda com navalha, depois mechas,
colorimetria, relaxamento e alisamento, permanentes e penteados.

3.Procure treinar nas horas vagas, chame amigas, amigos e mãos a
obra, afinal o jogador pode ser craque, mas precisa treinar
constantemente.

4.Não use a cliente como modelo, se não sentir-se seguro em um
procedimento peça ajuda.

5.Não adianta assistir vídeo aulas, tem que tentar fazer na prática.
Lembre-se que somos todos iguais. Juntos, poderemos formar um
time, que realmente mostre na prática a paixão que tem pela
profissão.


 


FERNANDO PARAVANO
Cabeleireiro, maquiador e consultor de salão de beleza
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