Ícone do site Carreira Beauty Blog

Dicionário do Cabeleireiro. Tire suas dúvidas

Desconhece um termo ou não sabe muito bem o seu significado? Veja alguns nomes e suas explicações.

ÁCIDO HIALURÔNICO – Essa proteína produzida pelo organismo tem o poder de hidratar a pele e já está presente nos produtos para o cabelo. Age diretamente na hidratação do couro cabeludo, tornando-o mais elástico, equilibrado e nutrido, amenizando o desgaste do dia a dia.

AMACIAMENTO – Técnica para reduzir o volume, deixando os cachos abertos, sem alisar. São utilizados os mesmos produtos químicos do alisamento e do relaxamento. O controle de quanto ele ficará cacheado é feito a partir da escolha da intensidade da química e do tempo que ela permanece no fio.

AMÔNIA – Composto químico também conhecido por amoníaco, que abre as cutículas e permite a penetração dos pigmentos, no caso de uma coloração. Também está presente em alguns produtos para alisamento, para facilitar a ação dos ativos que alteram a estrutura do fio. Empresas de qualidade investem cada vez mais em produtos com concentrações baixas de amônia para danificar menos o cabelo.

ATIVADOR DE CACHOS – Finalizador que promove definição à ondulação, sem dar aspecto molhado ou engordurado. Serve ainda como redutor de volume, e seu uso é mais aconselhável para cabelos que não passaram por tratamento com química. Para aplicar ao acordar, refazendo a forma dos anéis.

BRUSHING – Do inglês, escova, pronuncia-se bráxin. É a técnica de escovar os fios com secador a fim de deixá-los mais lisos ou modelados. Dura até três dias em fios não oleosos. Deve ser feita duas vezes por semana, para não danificar a fibra capilar. Com auxílio de secador com bom volume de ar e controle de temperatura. Produtos termoativados são indispensáveis e devem ser aplicados antes do processo.

CERAMIDA – Substância que faz parte da estrutura do fio e tem a finalidade de unir uma escama à outra. Xampus e condicionadores para cabelos danificados ou ressecados com ceramidas compensam sua perda pela ação agressiva de agentes externos. Resultado: maleabilidade e brilho extra.

COLORIMETRIA – Ciência que analisa a composição das cores, suas combinações e a forma como são percebidas pela visão. Envolve aulas sobre o diagnóstico detalhado do cabelo para determinar a altura dos tons, sua cor natural ou fantasia, o percentual de brancos, o grau de porosidade e a resistência.

COR FANTASIA – Na tabela de coloração encontramos as cores naturais (que vão de 2.0 a 12.0) e os reflexos que a própria tinta apresenta, que são chamados de crês direcionais ou cores fantasia, normalmente aparecem após o número da cor natural, separados por ponto ou vírgula, por ex: 6.3, 6.7, 9.01, etc. Além disso, toda cor diferente das convencionais é chamada de fantasia, como amarelo, roxo, verde, azul, vermelho, rosa e suas variações de tom. Para se obter a fantasia utiliza-se anilina ortoquímica (de madeira), violeta genciana, azul de metileno. Obs: não confundir anilina ortoquímica com a cosmetível, pois esta, se aplicada nos cabelos, pode embolorar, deixando um mofo irreversível. É necessário descolorir os fios antes da aplicação, senão a cor fantasia não pega ou não atinge o tom desejado. Não contém amônia.

 

FRIZZ – Característica natural de alguns cabelos que nascem torcidos e não crespos ou lisos. O efeito pode ser contornado com leave-in, relaxamento ou até por meio de um bom corte. Outra opção é fazer permanente para deixar os fios ondulados

GREAT LENGTHS – Técnica italiana de alongamento ou aumento de volume com mechas de fios indianos. Esse método é feito com polímero de queratina que tem o mesmo peso molecular do fio. Suas substâncias se identificam com o fio do cabelo natural, realizando uma fusão molecular, obtida por um aparelho de alta frequência. Os tufos têm mais de 50 tonalidades, são colocados em duas ou três horas e não soltam com o calor do secador e da chapinha.

GUANIDINA – Este ativo é resultado da mistura do hidróxido de cálcio com o carbonato de guanidina, que gera uma fórmula menos agressiva. Ela altera definitivamente a estrutura da fibra capilar e não deve ser aplicada em cabelos que receberam amônia, chumbo proveniente do henê ou outro alisante. O hidróxido de guanidina possui força de alisamento superior à do tioglicolato de amônio e inferior à do hidróxido de sódio (soda). Sua atividade relaxante é versátil e possibilita abertura de cachos ou alisamento. Para se ter mais garantia na aplicação da guanidina, é imprescindível fazer o teste de mechas, de preferência não só na nuca, mas em outras diferentes zonas, como próximo às orelhas e no topo da cabeça.

LEAVE-IN – Do inglês, lê-se livín. É o condicionador sem enxágue, eficiente e indispensável para desembaraçar cabelos crespos e hidratar ressecados. Não é propriamente um finalizador, mas funciona bem para ajeitar encaracolados, sem emplastar. Também protege contra agentes externos, como vento e poluição. Alguns, ainda, são enriquecidos com filtro solar, para evitar ressecamento e desbotamento da cor, e com outros ativos para tratamento, como ceramidas e queratina.

MATIZAÇÃO – Processo empregado para dar cor ao cabelo. Muito utilizado também na modificação do tom das mechas após o reflexo, em geral nos tons mel, acizentado, acobreado ou dourado. Por exemplo, na redução da intensidade da cor acobreado muito forte, a matização é feita com cinza para resultado mel.

NANOQUERATINIZAÇÃO – Tratamento para os fios que faz uma reposição da queratina perdida por processos químicos, raios ultravioleta e fatores ambientais. Sua vantagem é que as moléculas de queratina passam por uma transformação e são reduzidas a partículas minúsculas (nano) que penetram mais facilmente no interior da haste capilar. São quatro as etapas: lavagem; secagem para retirar a umidade; aplicação da queratina vaporizada; e escova para fechar as escamas abertas no passo anterior.

RECONDICIONAMENTO TÉRMICO – Tem vários sinônimos: alisamento japonês, escova definitiva, chapinha japonesa, retexturização, realinhamento térmico, realinhamento celular. Trata-se de uma técnica que alisa por até seis meses e que exige manutenção periódica. Os ativos usados são tioglicolato de amônio ou hidróxidos, como de sódio, de guanidina, de amônio e de lítio. O que muda é a finalização. Dependendo do fabricante e do ativo alisante, o fluído protetor pode ou não ser hidratante. Antes de fazer, a cliente deve ficar três dias sem lavar a cabeça, pois a oleosidade protege o couro e evita ardência. Após o alisamento, é válido aguardar quatro dias antes de lavar.

REPIGMENTAÇÃO – Técnica que devolve a cor ao cabelo, usada quando há excesso de descoloração, para evitar que o tom fique diferente do desejado ao fazer uma coloração. Um cabelo exageradamente descolorido pode, ao receber uma tintura castanha, ficar esverdeado ou acinzentado e opaco. A repigmentação é feita com o pigmento puro. No caso citado acima, por exemplo, deve ser colocada uma cor quente, como vermelho ou acobreado.

DEFRISANTE – Finalizador para deixar o cabelo maleável e facilitar o brushing. Com fórmula termoativada, protege do calor. Prolonga o efeito liso por meio de agentes que impedem a entrada de umidade no interior do fio.

DERMATITE SEBORREICA – A caspa é a manifestação mais branda desse distúrbio que acomete o couro cabeludo. Mas se esse estágio inicial não for tratado, pode evoluir para outras etapas com inflamações e lesões avermelhadas, tanto no couro cabeludo quanto no contorno do rosto e nas orelhas. Nos casos graves há formação de eczema – em que fios se grudam a placas amareladas. Por outro lado, existem pessoas que mesmo sem ter caspa apresentam dermatite. É proibido fazer alisamento ou coloração em quem está com o problema. O mais indicado é que o cliente procure um dermatologista e use medicamentos específicos.

ESTRELA DE OSWALD – Serve como parâmetro na hora da coloração e na neutralização de tons indesejáveis. Funciona como um gráfico ou uma tabela. Nela, as cores estão dispostas de forma que uma determinada nuance tem a sua oposta. Logo: o vermelho é contrário ao verde, enquanto o laranja contrapõe-se ao azul, e o amarelo, ao violeta. Por exemplo: para neutralizar reflexos amarelos ou dourados nos fios (retirando a intensidade do reflexo) deverá ser utilizada coloração com pigmento violeta, pois, na Estrela de Oswald, o violeta está em oposição ao amarelo. Vale lembrar que essas posições são estratégicas e foram reunidas dessa forma porque um tom ameniza ou potencializa o efeito do outro. O círculo cromático também define as nuances e os matizes das colorações. A partir do que já existe no cabelo, escolhe-se o novo tom.

HIDRÓXIDOS – Atuam na abertura das cutículas do cabelo, penetrando no córtex e transformando as ligações de lantionina. Os hidróxidos são compatíveis entre si e incompatíveis com qualquer outra substância. O hidróxido de sódio tem ação rápida, com maior poder de alisamento, mas é bem agressivo. Já o hidróxido de cálcio foi criado para couro cabeludo sensível e para cabelos finos. Seu poder de alisamento é moderado. Por sua vez, o hidróxido de guanidina é considerado a evolução do cálcio. Tem maior efeito alisante ou de relaxamento e reconstrói a fibra. O hidróxido de lítio tem ação forte da mesma forma que o de sódio, porém age mais lentamente.

MÁSCARA – Creme que hidrata, dá brilho e resistência aos fios e que deve ficar no cabelo por determinado tempo (que pode variar de 3 a 20 minutos) para melhor efeito. Em alguns casos é necessário aplicar calor de touca térmica ou secador. É indispensável em quem passou por química (como alisamento e escova progressiva). O profissional deve conscientizar o cliente da necessidade de sessões no salão uma vez por mês ou a cada 15 dias, dependendo da qualidade do fio, intercaladas com a manutenção feita em casa, com cosméticos de boa qualidade.

MECHA-GUIA – É utilizada como parâmetro na hora do corte. A partir dela defini-se o ângulo da parte a ser cortada. É importante para a realização de cortes retos ou até mesmo os cortes feitos com programações.

PENTE NAVALHETE – Instrumento dois em um que é pente de um lado e lâmina do outro. Além de facilitar o trabalho, assegura mais precisão e segurança ao profissional e ao cliente durante os cortes desfiados.

POINT CUT – Pronuncia-se póinti cât. Termo usado quando se utiliza a ponta da tesoura para retirar linhas pesadas em um corte. É adotado para dar leveza mantendo o comprimento.

POROSIDADE – Quando o diagnóstico de um cabelo revela fios porosos, a saída é convencer a cliente e adiar a coloração e investir antes em sessões de hidratação. Do contrário, corre-se o risco de ganhar fios manchados, uma vez que os pigmentos de tinta podem penetrar em maior quantidade em algumas partes com falhas na fibra. Quando o profissional não domina bem as técnicas de coloração, pode deixar a raiz, que em geral está mais escura, de uma cor; e as pontas, mais danificadas, de outra. Mesmo quando não houver um processo químico à vista, vale a pena fazer tratamentos para devolver o brilho e a vitalidade dos fios e cortar as pontas.

REESTRUTURAÇÃO – Também chamada hidratação térmica, cauterização ou queratinização. Através de uma fonte de calor, produtos com queratina penetram na fibra do fio e “tapam os buracos” causados por agressões externas. O tratamento não deve ser feito em fios em bom estado, pois a queratina em excesso pode deixá-los quebradiços. Cada fabricante tem uma maneira diversa de conduzir o processo. Na cauterização ou hidratação utiliza-se a chapinha como fonte de calor. Na queratinização, pode ser usado o secador ou a chapinha.

RELAXAMENTO DE ONDAS – Técnica para alargar o ondulado do cabelo crespo ou supercrespo e reduzir volume, com utilização do mesmo alisante do recondicionamento térmico e do amaciamento. O que diferencia essas três técnicas é a maneira de aplicar a química. Esta depende das orientações do fabricante e do que determina o teste de mechas.

STYLING (fala-se istáilin) – “estilizando”, em inglês. É um termo muito utilizado pelos estilistas/visagistas, principalmente na hora de cortar e finalizar um corte. É dar estilo e personalidade ao cliente de acordo com o formato do rosto, do pescoço e dos ombros, além de temperamento, e principalmente informar o cliente sobre produtos para dar acabamento no cabelo e como fazê-lo.

TESTE DE MECHA – Permite verificar a resistência e a elasticidade do cabelo. É fundamental para evitar a quebra durante alisamentos ou relaxamentos. Deve-se separar uma seção fina na região da nuca e numa área mais exposta a agressões, como acima da orelha. Aplicar o produto conforme as indicações do fabricante. Após retirá-lo, deve-se tensionar a mecha. Se ela partir, não se deve fazer a química.

ZIGUEZAGUE – O ziguezague é normalmente utilizado para não marcar os cabelos durante um corte, mechas/coloração ou escova. É frequentemente usado para realização de cortes assimétricosou programados. Na coloração o profissional pode dar efeitos na execução de mechas e reflexos, principalmente se o corte for assimétrico. É também normal dividir os cabelos em ziguezague na hora de fazer escova, evitando assim as divisões marcadas.

Sair da versão mobile