Hoje vamos falar de um assunto polêmico: O uso do formol e seus riscos para saúde.
O formol, também conhecido como formaldeído, é um composto orgânico pertencente ao grupo dos aldeídos. Sua fórmula molecular é CH2O. Sua principal utilização é como conservante de cadáveres e peças de cadáveres, mas também é usado como preservador na borracha, adesivos, gelatinas e sucos, produção de alguns produtos químicos, confecção de seda artificial, vidros, espelhos, corantes e explosivos, como conservantes de produtos cosméticos e infelizmente em alisantes capilares.
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Devido a sua solubilidade em água, o formol é rapidamente absorvido no trato respiratório e gastrointestinal e metabolizado. Embora o formol ou metabólitos sejam capazes de penetrar na pele humana, a absorção dérmica é mais leve, porém podem induzir a dermatites de contato. Desta forma, o formol é tóxico se ingerido, inalado ou tiver contato com a pele, por via intravenosa, intraperitoneal ou subcutânea.
Entenda os riscos para a saúde com o uso do formol
Os riscos do formol não estão apenas no momento da aplicação. A exposição ao Formol pode causar efeitos tóxicos agudos, no momento de sua aplicação ou nas horas que se seguem. No entanto, o uso repetido, crônico também traz risco para a saúde. A exposição por tempo prolongado, principalmente se esta se dá em ambientes fechados (caso dos salões de beleza), aumenta o risco de desenvolvimento de câncer, em especial de nasofaringe e leucemias.
Como o formol é volátil, uma maior quantidade é inalada, tanto por quem aplica quanto por quem recebe a aplicação do produto, por isso a preocupação com os profissionais que estão aplicando ser imensa.
Os sintomas da intoxicação são variáveis como fortes dores de cabeça, vertigem, falta de ar, dificuldade para respirar, irritação nos olhos, nariz e garganta, dores abdominais, náuseas, podendo causar laringites, bronquites, pneumonias e até câncer.
Relação da Anvisa com o formol
A Anvisa estabeleceu que o uso do formol é permitido apenas como conservante na concentração de 0,2% e como endurecedor de unhas na concentração de 5% (RDC nº 162 de 11 de setembro de 2001). A Anvisa proibiu também o uso do formol em produtos de limpeza (detergentes, desinfetantes, alvejantes e demais materiais saneantes – RDC nº 35, de 03 de junho de 2008), baseados no artigo 5º da Resolução nº 184 de 22 de outubro de 2001, que proíbe o uso de substâncias carcinogênicas, terotogênicas e mutagênicas nas formulações de produtos saneantes.
Em 17 de julho de 2009, outra Resolução foi publicada no Diário Oficial da União – RDC No- 36. Proíbe a exposição, a venda e a entrega ao consumo de formol ou de formaldeído (solução a 37%) em drogaria, farmácia, supermercado, armazém e empório, loja de conveniência e drugstore. Discorre ainda sobre a adição de formol: “Art. 2º A adição de formol ou de formaldeído a produto cosmético acabado em salões de beleza ou qualquer outro estabelecimento acarreta riscos à saúde da população, contraria o disposto na regulamentação de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes e configura infração sanitária nos termos da Lei no- 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo das responsabilidades civil, administrativa e penal cabíveis.”
A finalidade dessa Resolução foi de restringir o acesso da população ao formol, coibindo o desvio de uso do formol como alisante capilar, protegendo a saúde de profissionais cabeleireiros e consumidores. Dados recebidos pela Anvisa mostram que as notificações de danos causados por produtos para alisamento capilar triplicaram no 1º semestre de 2009 em comparação com todo o ano de 2008, sendo que na maioria dos casos há suspeita do uso indevido de formol (e também de glutaraldeído) como substâncias alisantes.
Infelizmente como vimos na reportagem ontem, ainda existem muitos produtos que contém o formol ainda que mascarado e colocando em risco a saúde da população. Por isso se informar é tão importante!
O que os consumidores pode fazer? O consumidor que encontrar irregularidades não deve utilizar o produto e poderá entrar em contato com a Vigilância Sanitária Municipal, Estadual ou com a própria ANVISA através do e-mail cosmeticos@anvisa.gov.br.
Em caso de suspeita de reações adversas causadas pelo uso de cosméticos, envie o relato para o e-mail cosmetovigilancia@anvisa.gov.br.
Fique longe do formol e até a próxima!
Mais informações: http://www1.inca.gov.br
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