Como todo o setor cosmético, o segmento de maquiagens tem crescido muito. A mulher moderna exige produtos que além de colorir, disfarçar e realçar tenham característica adicionais. Produtos com efeito tensor, lifting, que melhore a textura e luminosidade da pele, são alguns dos mais procurados.
O ato de se maquiar vem desde 3000 a.C, onde se usava pinturas corporais para os festejos, adoração aos deuses e celebrações. No Egito antigo, de onde se tem os primeiros relatos de uso de cosméticos, os faraós já se preocupavam com a maquiagem. Todas as pinturas exibidas nos sarcófagos das pirâmides respeitavam a lei da frontalidade, não pintavam somente o que viam, mas tudo o que existia. Usavam uma maquiagem muito característica, onde se destacavam os olhos, pois acreditava-se que eram a representação da alma e perucas coloridas eram usadas para representar a posição social do individuo.
Usavam o pó de khol, uma espécie de poeira preta, rica em chumbo, misturada com gordura animal ou óleo vegetal de forma condensada e aplicava-se em volta dos olhos delineando-os fortemente para proteção do sol e insetos. Todos usavam este carvão, as mulheres além dos olhos, o aplicavam nas sobrancelhas para realça-las. Nas pálpebras era aplicado um pó verde á base de malaquita e a boca era de coloração carmim por conta de um pigmento extraído de inseto (cochonilha) ou de raízes, como a Púrpura de Tyr (poideros). As maquiagens eram feitas de forma natural e fabricadas pelos próprios egípcios. A composição química diferente dos produtos que temos hoje, era a base de carvão, gordura animal, óleos vegetais, substâncias tóxicas, como o mercúrio e chumbo.
Numa sociedade machista, como a egípcia, as mulheres deveriam ter pele clara e homens pele escura. Cleópatra retratou muito bem isso, preza a lenda que ela usava a mistura de leite de cabra e miolo de pão para clareamento da pele. Banhos de leite com mel, argila no rosto e o khol também eram usados por ela. Os romanos usavam a mistura de azeite de oliva ou gordura animal com trigo para manter a pele o mais clara possível, juntamente com as sobrancelhas escuras e os lábios realçados por corantes. Porém, há relatos da contrariedade masculina em relação aos artifícios femininos, como escreveu Ovídio “Seu artifício deve permanecer insuspeito.” “Como não sentir repugnância de frente da pintura espessa em seu rosto se dissolvendo e escorrendo até seus seios?” Andreas de Laguna, o médico espanhol do Papa Julius III. A igreja entendia como uma forma de luxuria, impureza, excesso de vaidade e forças do mal o ato de se maquiar. A alvaiade era uma substância tóxica usada na Idade Média para manter o rosto pálido e muitas mulheres morreram por usa-la. Mesmo a igreja sendo contra, o ato de colorir os lábios virou moda na época. A cor ditava a classe social: rosa e vermelho para as prostitutas e os tons mais claros, quase imperceptíveis para as mulheres consideradas distintas. Nesta mesma época, a higiene foi esquecida e ironicamente o consumo da maquiagem, cosméticos coloridos e perfumes aumentou. A aristocracia, nos séculos XV e XVI mantinham o rosto com pinturas brancas á base de gesso, pó de arroz ou caulim, pois acreditavam numa superioridade racial. Na Idade Moderna, o rosto natural virou padrão de moda, porém por pouquíssimo tempo. O batom volta com força, o perfumista francês Rhodopis lança um bastão composto por óleo de amêndoas, essência de bergamota, limão, talco, gordura de cervo e corante. Com todos os avanços tecnológicos e culturais no século XX o uso da maquiagem se tornou mais popular. Temos com exemplos as estrelas de cinemas reinando em suas décadas. Atualmente, apesar de algumas destas matérias primas serem empregadas, como os óleos vegetais, o setor de maquiagem se desenvolveu de maneira significativa e com isso trouxe segurança e qualidade para o consumidor.
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Saude cap