Muito antes de aparecer a escova progressiva, o relaxamento capilar era a química mais utilizada entre as cacheadas. O método agrada por tirar o volume da raiz, sem alisar todo o cabelo, nem precisar de escova ou chapinha para finalizar o processo.
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Entretanto, segundo Mariana Duarte, cabeleireira especializada em cachos, as químicas usadas no relaxamento capilar agridem tanto quanto ou até mais que as das escovas progressivas. Para o processo, existem três tipos de alisantes: o tioglicolato de amônia, a guanidina e o hidróxido de sódio. Apesar do fácil acesso, por serem encontrados em lojas de cosméticos e farmácias, a aplicação deve ser feita só por um profissional.
[quote]Os alisantes utilizados no relaxamento são tão fortes quanto os das escovas progressivas[/quote]
Não existe um produto melhor ou pior, todos esses três agem da mesma forma no cabelo. A escolha do produto a ser usado é feita de acordo com a estrutura de cada de fio. Para se ter o efeito esperado nos cabhos “é muito importante fazer o teste de mecha antes de usar qualquer alisante”, ensina Mariana.
Hoje em dia “o relaxamento capilar não é tão procurado e as cacheadas estão preferindo bem mais um cabelo natural”, conclui. Ao decidir assumir os cachos, as mulheres aprendem que não é a química que deixa os fios no lugar. Um ritmo correto de hidratações, eliminar do ritual de beleza substâncias que agridem o cabelo e utilizar produtos no poo e low poo, garantem fios bem cuidados e mais bonitos.
Cuidados e conselhos sobre relaxamento capilar
Respeitar o intervalo é essencial
O procedimento deve ser feito no intervalo de 3 meses (ou mais), quando acontece o crescimento dos novos fios. Menos do que isso, o cabelo pode estar sensível para receber novamente o produto. Um profissional avaliando o fio, saberá o tempo ideal para cada cabelo.
Evite pontas duplas e ressecadas
Para garantir um melhor efeito, é importante cortar as pontas do cabelo, pois essas estarão alisadas com a química e podem deixar o cabelo com um aspecto espigado. “A hidratação semanal é essencial durante o uso da química”, alerta Mariana.
Não ignore o teste de mecha
É pelo teste de mecha que o profissional saberá qual alisante será usado para o relaxamento capilar. A escolha errada do produto pode danificar muito mais o cabelo, provocando até mesmo quedas excessivas e irreparáveis a curto prazo.
[quote]Os cachos ficam alisados apenas na raiz e com o tempo é preciso cortar as pontas.[/quote]
Pintar o cabelo, pode?
“Não”, afirma a cabeleireira. Além de forte, a química utilizada no relaxamento capilar é diferente da presente nas tinturas. A mistura das duas pode causar muitos danos ao cabelo, inclusive a queda.
Voltar ao cabelo natural
Para retirar o alisante, a única forma é a transição, ou seja, esperar que o fio cresça e seja cortado ou fazer um corte, eliminando todas as partes alisadas do cabelo.
Não se aventure sozinha
“Procure sempre um profissional capacitado para a execução correta do serviço”, alerta Mariana. Ao comprar o produto sem saber se é o indicado para o tipo de cabelo e errar na aplicação, o resultado pode ser desastroso e será necessários anos para reparar os fios.
Hidratar além do normal
Se o cabelo cacheado e crespo já é ressecado por natureza, com química de relaxamento isso se acentua. Logo, os cuidados devem ser redobrados e uma hidratação deve feita semanalmente em casa, assim como uma reconstrução capilar no salão mensalmente.
Fonte: A Revista da Mulher
Autora: Gabriela Torres
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