Existem milhares de mitos e verdades quando o assunto é alisamentos. Na verdade, trabalhar com hidróxidos ou tioglicolato requer técnica e paciência. As dúvidas mais comuns são em relação às compatibilidades e incompatibilidades, algo fácil de ser resolvido. Um simples teste de mecha é fundamental para que não aconteçam erros, já que assim é possível analisar o que acontecerá com o cabelo.
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A facilidade de uso do formol e derivados afastou os profissionais da utilização de cremes alisantes – alguns deles realizavam o relaxamento com hidróxidos ou tioglicolato e, em seguida, faziam uma escova com formol, para dar maior durabilidade ao alisamento. Porém, tal processo é um erro que não deve ser cometido. O formol, além de ser proibido desde 2009, é uma substância nociva à saúde da fibra capilar, e pode causar a quebra do cabelo pelo choque de procedimentos.
Para Leandro Pires, hairstylist do salão Fizz Cabelo e Imagem, erros mais simples também podem acontecer. Para espalhar o creme alisante no cabelo da cliente, o pente é um grande acessório, mas é preciso tomar cuidado, já que se o utensilio estiver com ranhuras pode causar a quebra dos fios. “Uma dica importante e que faz diferença no resultado final é testar o pente. Basta passá-lo no antebraço antes de fazer o alisamento, e ver se ele vai deixar arranhões. Se isto não acontecer, é porque o pente está bem polido”, comenta o profissional.
Diferença entre escova progressiva e escova definitiva
Existe uma diferença entre escova progressiva e definitiva tanto no método, quanto no princípio ativo do produto e até mesmo no resultado e durabilidade de cada um.
Escova progressiva é feita com um produto derivado do formol (formaldeído) onde o limite aprovado pela anvisa é de apenas 0,02% de concentração, ou seja, não faz milagre, NÃO transforma cabelos super cacheados em cabelos super lisos, apenas tira o volume e disciplina os fios (muito cuidado: os que prometem tudo isso são hiperconcentrados, oferecendo riscos de queda de cabelo, queimadura e até mesmo problemas respiratórios graves).
Quando o cabelo é ondulado, aí sim, conseguimos cabelos lisos POR ALGUMAS SEMANAS. O resultado é bem natural, e dura em média 60 lavagens, ou seja, dois meses. A grande vantagem é que não dá diferença na raiz quando o cabelo cresce, pois o produto praticamente já saiu, e que qualquer cabelo pode se submeter ao processo, tanto os danificados quanto os que já receberam outras bases químicas de relaxamento.
Já na “escova definitiva” , também conhecida como “alisamento japonês“, sendo que o termo correto é “Recondicionamento Térmico“, o cabelo deve ser muito bem analisado para adequar a concentração do princípio ativo do produto (que é o Thioglicolato de Amonio) a cada cabelo, sendo que em alguns casos, NÃO É ACONSELHAVEL submeter ao processo até mesmo com o produto mais suave.
Neste processo, o fios são “amolecidos” pelo produto e realinhados pela pistra (prancha) numa temperatura que varia de 90 º a 180 º C, dependendo da espessura e da saúde dos cabelos. O resultado é um cabelo BEM liso, da raíz as pontas, definitivamente, ou seja, a manutenção só é feita na parte crescida, alguns meses depois ( de 3 a 6 meses). Por isso, desaconselho para aquelas que têm cabelos muito ondulados ou crespos desde a raíz, e para cabelos extremamente sensibilizados. É imcompátivel com qualquer outra base de relaxamento (hidróxidos de sódio ou litium, guanidina) com excessão do produto da escova progressiva.
Confira outros cuidados importantes com alisamento para o dia a dia no salão:
- Escolha os produtos de acordo com a necessidade de cada cliente
- Faça o teste da mecha
- Não deixe resquícios de produtos nos fios
- Enxague bem o cabelo da cliente
- Escolha um pente bem polido para a aplicação do produto
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