Cuidar da beleza alheia exige formação. Para atuar, um esteticista tem de concluir, no mínimo, o ensino médio técnico. No entanto, atualmente, o mercado busca um profissional com uma formação mais completa, de nível superior.
A maioria dos cursos brasileiros de ensino superior em estética é tecnólogo, ou seja, tem entre dois ou três anos de duração e currículo é focado no mercado de trabalho.
Engana-se quem pensa que o curso é totalmente prático. Principalmente nos anos iniciais é comum haver disciplinas teóricas como anatomia, fisiologia e química. “A química serve como base para cosmetologia, que é química orgânica praticamente pura. Também há disciplinas de nutrição voltada para estética, comportamento humano, bio segurança e organização do trabalho. O primeiro ano é formatado de uma maneira mais teórica, preparando o aluno para receber e ter bagagem suficiente para entrar na prática”, afirma Letícia Valim, coordenadora do curso tecnólogo de estética e cosmética do Centro Universitário Senac, em São Paulo.
Após concluir a graduação, o profissional está habilitado a trabalhar com estética facial, corporal e capilar, além de prestar consultorias na área e atuar em indústrias de cosmetologia. Pode ser contratado por salões de cabeleireiro até clínicas médicas, além de abrir seu próprio negócio ou lecionar.
“Em um salão de cabeleireiro um esteticista pode, por exemplo, além de cuidar da pele, trabalhar com harmonia do rosto, sobrancelha e maquiagem. Em clínicas, é possível assessorar médicos como vascular, dermatologista e cirurgião plástico”, diz Adriana Luna que concluiu o técnico em estética, mas atualmente cursa a graduação.
Para Adriana, os eventos esportivos mundiais que o Brasil vai sediar nos próximos anos vão ajudar a alavancar a profissão e abrir novos nichos, como os spas urbanos. “Com a preocupação por qualidade de vida, as pessoas têm procurado muito este serviço. Americanos e europeus estão acostumados com os spas. Temos de pensar que essas pessoas não vão vir só para os jogos e, sim, para aproveitar nosso país, que é lindo”, afirma a esteticista.
No Brasil, um dos países campeões de consumo de artigos de cosmética do mundo, outro público que ajuda a expandir o mercado para os esteticistas é o universo masculino. “A gente lida com pessoas o tempo todo. Mesmo em um trabalho que você está na frente de um computador, em algum momento pode estar numa reunião e encontrar pessoas. É necessário estar bem. Acho que o homem entendeu isso”, diz Adriana.
Quem quiser seguir carreira de esteticista precisa de gostar de lidar com pessoas para se dar bem. “Tem de ter a descoberta do querer cuidar do outro. Acho que isso é o primeiro passo. A partir do momento que você descobriu que é prazeroso cuidar da pele de uma pessoa, fazer com que ela se sinta bem e isso for gratificante, você está na área certa”, afirma Adriana.
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Fonte: G1