[quote]Micropigmentador em destaque de desacreditados no passado, especialistas em dermopigmentação estética e corretiva tornam-se a bola da vez no mercado[/quote]
A profissão é ainda desconhecida de muitos brasileiros, mas a tendência é que a pergunta se torne mais rara: “O que faz um micropigmentador?“. E isso porque a atividade, que há duas décadas era desacreditada por seus resultados poucos naturais, modificou-se e progrediu. Transpôs a fronteira da suspeição para estabelecer-se como um dos procedimentos estéticos mais procurados e valorizados do mercado de beleza.
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O trabalho do profissional de micropigmentação é realizar a implantação de pigmentos na camada subepidérmica da pele com o uso de um aparelho chamado dermógrafo. Décadas atrás, quando a atividade ainda engatinhava e meia dúzia de abnegados se dedicava a ela, o objetivo era realçar as sobrancelhas, olhos e o contorno dos lábios numa espécie de maquiagem duradoura – daí o apelido de maquiagem definitiva, como ficou conhecido popularmente.
A valorização da profissão micropigmentador
Por ser uma atividade relativamente nova, a micropigmentação ainda carece de regulamentação pelo Ministério do Trabalho. Hoje qualquer pessoa maior de idade, independente da sua escolaridade, pode exercer o ofício. A falta de normatização e o aumento da procura pelo procedimento fez crescer no mercado o número de desastres provocados por profissionais sem qualificação.
É preciso que as pessoas tomem muito cuidado ao procurar um profissional. É necessário saber se ele teve uma boa formação na área, as fotos ajudam a verificar se ele é um bom profissional, porém há profissionais de mau caráter que copiam fotos de trabalhos alheios.
Atualmente, a atividade passou a ter uma relação estreita com a área da saúde. Hospitais viraram parceiros, indicando pacientes que passaram por reconstrução das mamas, por exemplo, para refazer o desenho das aréolas com o micropigmentador.
Quanto ganha um profissional?
Para profissionais bem preparados o cenário é excelente. Um micropigmentador em início de carreira dificilmente fatura menos que R$3 mil por mês. Os rendimentos de alguém experiente e com cursos de especialização podem chegar a R$6 mil ou mais – ganhos equivalentes e, em muitos casos, maiores que de um profissional com nível superior de ensino.
A combinação de demanda crescente pelo procedimento estético no país e a pouca oferta de gente capacitada valorizou o passe desses profissionais como nunca antes.
A capacitação do micropigmentador
O micropigmentador precisa unir bom embasamento teórico e muita prática para ser bem-sucedido. Ele tem que conhecer a fisiologia da pele humana, compreender a ciência das cores e como pigmentos atuam em contato com os diferentes tipos de pele, além de ter boas noções de simetria, medidas e procedimentos de biossegurança.
Depois de formado, o professional precisa ainda manter-se atualizado sob risco de ficar obsoleto rapidamente. Isso porque a profissão avança a passos largos e novas descobertas na área surgem a cada ano. Para suprir esta necessidade de reciclagem constante eventos têm surgido no páis como o Congresso Científico de Dermopigmentação. Outros já se estabeleceram como ponto de encontro desses profissionais, como a Jornada de Micropigmentação, o mais antigo deles.
Atualmente, o profissional da micropigmentação, além de realçar traços da face, serve também para corrigir imperfeições estéticas, camuflar cicatrizes, reconstruir o aspecto visual de aréolas mamárias e mesmo para camuflar calvície.
Na falta de uma regulamentação trabalhista, o mercado costuma fazer sua seleção natural. Num setor extremamente competitivo como o de cuidados com a beleza, onde o boca a boca costuma construir reputações com a mesma rapidez que destrói, um micropigmentador despreparado dificilmente sobrevive mais do que um ou dois anos na atividade. Os bem preparados, por sua vez, se estabelecem.
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