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Salões de beleza têm grandes chances de crescimento em vendas

Salões de beleza têm grandes chances de crescimento em vendas

O setor de beleza vem crescendo incessantemente no Brasil. Atualmente somos o terceiro maior mercado do mundo de produtos de higiene e beleza. Para os próximos anos, a perspectiva de crescimento é bastante otimista e, com isso, também aumentam os desafios.


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A identificação das melhores oportunidades exigirá que as empresas atuantes no mercado de cosméticos adotem um olhar mais minucioso, detalhado e criativo sobre os mercados em suas variadas segmentações e canais, e sobre o seu próprio desempenho frente aos competidores, para que assim possam definir estratégias e direcionar recursos para as áreas mais promissoras.

Porém, essa não tem sido a regra seguida pela maioria das empresas atuantes. Elas ainda analisam o mercado com base em dados agregados e ignorando tendências, movimentos ou pormenores importantes que estejam acontecendo em subsegmentos de clientes, regiões ou canais, e que podem significar a diferença quando o assunto é perder ou ganhar mercado.

Dentre as oportunidades ainda “subexploradas” pelos fabricantes de produtos de higiene e beleza encontra-se a de produtos profissionais para cabelos (produtos vendidos e usados no salão de beleza). As oportunidades de crescimento desse mercado são bastante promissoras e estão intimamente ligadas a mudanças no perfil demográfico, social e econômico da sociedade brasileira. Essas mudanças devem forçar modificações importantes no perfil do segmento de salões de beleza, abrindo oportunidades para aqueles que ousarem inovar.

Atualmente o consumo em salão de beleza representa 5% do mercado total em produtos de cabelos no Brasil. Apesar do número crescer rapidamente, ainda é um canal pouco aproveitado no país. A categoria de coloração, que é impulsionada pela constante mudança de cor e cobertura dos fios brancos, domina o mercado. Já os condicionadores aparecem em segundo lugar, seguidos pelo xampu. Logo na sequência, ocupando a quarta posição, vemos alisantes e permanentes.

Cerca de 70% das vendas desse mercado no Brasil são de produtos para consumo do próprio salão e 30% são vendidos para o consumidor final. Em comparação, o mercado de produtos usados e vendidos em salões de beleza dos Estados Unidos, em 2009, representava 28% do total de produtos para cabelo naquele país.

No Brasil, o negócio de salões de beleza ainda é, na maioria das vezes, resultado de um empreendedorismo de subsistência, relativamente poucos – embora venham se tornando mais comuns – são os empreendimentos verdadeiramente profissionalizados. Existem controvérsias sobre o número de salões de beleza no Brasil. Estimativas conservadoras apontam para algo entre 400 mil e 600 mil. Na sua grande maioria, os estabelecimentos são de pequeno porte e são focados na prestação de serviços, raramente explorando o potencial de revenda de cosméticos (varejo especializado) que a “intimidade” com o cliente final lhes propicia.

Em pesquisa conduzida, em 2010, pela Factor de Solução/The Kline Group, junto a cabeleireiros e empresários do setor, eles reconhecem que essa oportunidade (varejo especializado) é latente, porém, apontam alguns entraves para seu desenvolvimento: alto preço dos produtos disponíveis (quando comparados com aqueles disponíveis nos canais de varejo tradicionais); portfólio não adequado para sua clientela; falta de treinamento/qualificação; falta de estrutura ou espaço adequado para exposição de produtos, entre outros.

Por mais surpreendente que isso ainda nos pareça, o Brasil está deixando de ser um país jovem. Além disso, somos um país com mais mulheres (historicamente, nascem mais homens do que mulheres no Brasil, porém, eles também morrem mais e mais cedo), e essas mulheres estão se tornando mais ricas, com maior nível de escolaridade e mais independentes.

As mulheres representam 42,5% da mão de obra no Brasil (em 2010) e veem seus ganhos salariais se aproximando dos ganhos masculinos a uma velocidade impressionante – segundo o IBGE, o salário de uma profissional equivalia em 2010 a 71% do de um homem que desempenha a mesma função. Em 1993, essa relação não passava de 32%.

Essa “nova” mulher que se insere no mercado e na sociedade de forma tão contundente deverá ser a locomotiva que puxará o crescimento dos mercados de produtos de higiene pessoal e beleza na próxima década, particularmente em categorias de maior valor agregado (tratamentos e cuidados mais sofisticados) assim como de serviços que proporcionem e combinem bem-estar com praticidade e conveniência.


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