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Cabeleireiro gasta R$ 60 mil, faz salão em van e atende deficientes em casa


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Sensibilizado com as dificuldades relatadas por um cliente cadeirante, o cabeleireiro José Valente decidiu transformar uma van em um salão de beleza e oferecer o serviço nas casas de deficientes do Distrito Federal. Ele vendeu uma sala comercial e investiu os R$ 60 mil em equipamentos. O delivery inclui, além de corte, alisamento, hidratação e tintura, estéticas corporais como limpeza de pele e drenagem linfática. O lucro passou de R$ 2 mil para R$ 5 mil por mês.

“Ele [o cliente deficiente] chegou no meu salão e disse que eu era o sexto [que ele procurava], que nos outros a cadeira de rodas não entrava”, lembra o homem, que mora no Guará e tem 44 anos. “Daí eu disse para ele que iria vender meu salão e montaria um atendimento exclusivo para acessibilidade.”

O Acessibilidade Cabeleireiro Delivery completa um ano em junho. Entre os clientes há cadeirante, pessoas com paralisia cerebral e acamados. De acordo com Valente, são feitos 30 atendimentos por mês. Em geral, quando a van chega à casa do cliente, outras pessoas da família também pedem para fazer algum procedimento.

Os preços variam entre R$ 50 (corte) e R$ 350 (mechas, selagem e cauterização). Quando há um único cliente e o serviço é simples, o profissional conta que fica uma hora no local. Já houve situações, porém, de ele atender cinco pessoas e passar seis horas na casa.

[quote]Tem uma família que só marca comigo na hora do almoço. Fazem questão da minha presença na refeição. Tenho uma cliente com paralisia cerebral que quando me vê abre um sorriso que nunca vi na vida”[/quote]

“Várias [famílias viram amigas]”, diz o cabeleireiro. “Tem uma família que só marca comigo na hora do almoço. Fazem questão da minha presença na refeição. Tenho uma cliente com paralisia cerebral que quando me vê abre um sorriso que nunca vi na vida.”

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Para Valente, o diferencial do trabalho que ele faz está justamente em priorizar o conforto dos outros e em se preocupar com pessoas que tenham necessidades especiais. A dedicação foi o que fez com que a mulher dele aderisse à atividade e passasse a ajudá-lo aos fins de semana.

“Levo um salão completo para a sua casa e não aquela maletinha que sempre falta algo e atendo todo tipo de deficiência. O amor e carinho com que faço meu trabalho valem muito mais que o dinheiro que ganho”, declara o homem.

Mudança radical

A carreira de José Valente como cabeleireiro só começou em 2007. Nascido em Salvador (BA), ele veio para Brasília na juventude e trabalhou 15 anos em autopeças e dez com venda de veículos.

O salão de beleza foi aberto em João Pessoa (PB), onde o homem morou durante seis anos e conheceu o cadeirante. “Daí retornei para Brasília porque lá não achei futuro”, conta.

O homem critica a postura comum do poder público e da sociedade com relação à acessibilidade. “Há descaso tanto dos governantes como dos próprios profissionais, que não querem sair de seu conforto para ajudar quem precisa.”

Dados do IBGE apontam que 22,23% da população do DF tinha algum tipo de deficiência em 2010. Esse índice representava 573.805 moradores da capital do país.

Fonte: G1


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