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Nível Superior no mercado da Beleza

Instituições de ensino abrem espaço para cursos de graduação e pós-graduação na área de beleza, mas ainda faltam profissionais no setor acadêmico

Terceira maior consumidora do mercado de beleza no mundo, a população brasileira investe anualmente R$ 500 milhões em tratamentos e compra de produtos. Esses dados foram apenas um dos motivos que fizeram com que as instituições de ensino percebessem que, se há demanda de consumo também há oferta de serviços. E que a área precisa ser cada vez mais preparada para atender a todas as exigências.


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Por isso, tem se tornado cada vez mais comum, por exemplo, cursos de podologia, estética e cosmetologia – que até então, eram apenas livres ou técnicos – dividirem espaço na grade com áreas tradicionais da educação, como humanas, exatas e biológicas.

De acordo com João Paulo Correia Gomes, coordenador do curso de pós-graduação Cosmetologia Aplicada à Estética do Senac São Paulo, os cursos (de graduação e pós-graduação) são altamente especializados.

“Conseguimos aprofundar as disciplinas comuns, além de ter outras que não são contempladas, como psicologia, ética, etiqueta e administração, e atuação multidisciplinar, na qual se estuda a atividade conjunta em equipes multiprofissionais. A graduação dá oportunidade ao aluno para fazer uma especialização, pois ter graduação é um pré-requisito para cursar pós-graduação”, explica.

O professor acredita ainda que cursos mais longos também são importante por oferecerem uma bagagem mais completa ao aluno.

“O profissional que conta com pós-graduação, por exemplo, consegue ter maior análise crítica do mercado de produtos, de cosméticos, podendo até contribuir na pesquisa, desenvolvimento e aperfeiçoamento de procedimentos estéticos e produtos para pele e cabelos”, ressalta.

Ensino defasado

Mesmo com o aquecimento do mercado, a área de educação voltada para a beleza ainda sente a carência de profissionais capacitados para fazer parte do corpo docente das universidades Natalie Souza de Andrade, coordenadora do curso de Estética e Cosmética da FMU, acredita que a parte prática está bem amparada, mas que o mesmo não acontece com a área de educação. “Por isso, a importância de as universidades olharem para esse mercado, para que a formalização seja mais séria e completa. Está cada vez mais difícil achar bons professores com formação universitária. Portanto, há um grande mercado também para esses profissionais na área acadêmica. Precisamos garantir a parte teórica, prática e principalmente, a pesquisa, pois o Brasil está carente de pesquisadores no setor”, diz a professora, que atua como fisioterapeuta e gerontologista, além de ser mestre em terapia intensiva.

Natalie defende ainda o ensino superior como base na programação oferecida. “Os cursos superiores de tecnologia, como o nosso, abordam de forma aprofundada as questões que envolvem o conhecimento, além de formar profissionais autônomos em suas práticas, críticos, reflexivos e aptos a ser pesquisadores e empreendedores. Existem várias outras disciplinas como a Metodologia Científica, em que há um número reduzido de pesquisas. Essa área também necessita de bons estudos para assegurar à população segurança e efetividade nas terapias aplicadas”, diz ela.

+ Info: Normalmente a grade dos cursos de graduação na área de beleza varia de quatro a seis semestres (dois a três anos), e o custo das mensalidades está de R$ 753 a R$1.004, dependendo das instituições de ensino. Todas as universidades oferecem diploma de graduação e todos os cursos são reconhecidos pelo MEC

Curso universitário ou técnico

De acordo com a esteticista Jessica da Silva Ribeiro Paes, formada em 2012 pela Universidade Paulista – UNIP, vale a pena apostar nos cursos universitários, mas sem desconsiderar a eficiência na formação que os cursos técnicos proporcionam. “A universidade oferece mais teoria, e você tem mais tempo para aprimorar a técnica. Já o curso técnico o manda para o mercado com outras noções, como administrar o negócio. Também entendemos um pouco de anatomia humana e fisiologia e aprendemos a lidar com as pessoas em aulas de psicologia, por exemplo. O ensino técnico é bem mais prático e prepara o aluno para o trabalho. Por isso, não se torna menos importante. É como em enfermagem: em um hospital, temos o enfermeiro padrão e os técnicos, que no trabalho são muito importantes. É a mesma coisa”, explica Jessica, que dá aula nos cursos técnicos da escola Lopes e Lori Treinamentos.

Autor: Janaína Alves
Fonte: Viva Beleza


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