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Salão de Beleza: 7 Pecados (erros) que fazem o negócio quebrar

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O mercado da beleza não para de crescer. E acompanhando essa evolução, a quantidade de salões de beleza só aumenta. Segundo um levantamento da Associação Nacional do Comércio de Artigos de Higiene Pessoal e Beleza (Anabel), entre 2005 e 2010, por exemplo, o número de estabelecimentos de beleza no Brasil cresceu em torno de 78%, subindo de 309 mil para 550 mil.


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Salão de Beleza: da gestão ao atendimento

Até 2015, a expectativa é que o crescimento também continue acelerado. Porém, em alguns casos, os salões fecham. Muitos empresários que resolvem apostar nesse filão deixam de lado pontos importantíssimos para que o negócio prospere, ganhe credibilidade e se firme no mercado. “O principal erro está na administração. A falta de preparo para visualizar a empresa como um todo acaba causando transtornos em diversos setores, da gestão ao atendimento. Como em qualquer lugar, há ainda problemas como concorrência, elevada taxa tributária, conflitos na gestão de recursos humanos, alto custo do aluguel, entre outros”, diz Marcos Furquim, do Bardot, em São Paulo.

“Como consultor, sempre pergunto aos proprietários qual o motivo do fracasso do negócio e dificilmente eles têm uma única resposta para me dar. Em geral, quando recorrem a um consultor externo, já vêm passando por dificuldades e tentaram reavivar o salão sozinhos. O sinal de alerta máximo é a falta de recursos financeiros ou mesmo uma dívida que não para de crescer”, explica Carlos Oristânio, de São Paulo, expert em consultoria de salões, palestrante e professor em gestão empresarial. Há vários motivos que tornam inviável a continuação do negócio. Nesse momento é importante se capacitar rapidamente para conseguir reverter o fracasso do negócio.

Listamos aqui os 7 erros principais nos salões de beleza – e as soluções – para não errar.

1. Falta de conhecimento

Um caso clássico é o do cabeleireiro que sai de um lugar, recebe a indenização e, com ela, decide abrir seu próprio negócio, já que não quer voltar a ser empregado. Ele pode até ser muito talentoso com tesouras e pincéis, mas, sozinho, não tem como se dedicar à clientela ao mesmo tempo em que administra a empresa. Sem preparo, não saberá vender, controlar, pagar, receber, lidar com situações fiscais, de mercado e muito menos ter experiência para driblar adversidades. Além disso, dependendo do número de clientes, o hairstylist também se frustra porque podia ganhar mais antes como empregado do que como patrão, especialmente nos primeiros anos, período em que é preciso esperar pelo retorno do investimento. Engana-se quem pensa que só porque já trabalhou em salão, sabe tudo. Ao conversar com o maior número possível de colegas de profissão, sempre vai haver histórias de quem investiu e não seguiu adiante. “Em 80% dos estabelecimentos com problemas, o motivo é a gestão. Por isso, sempre digo que um local com uma equipe mediana e uma boa administração dá mais certo do que o que tem um time brilhante e uma conduta administrativa medíocre”, revela Marcos Furquim. A dica no caso da falta de conhecimento e habilidade em gestão de negócios é contratar um administrador, um sócio administrador ou, no caso de salões de pequeno porte, a assistência de um bom contador já pode orientar com alguns fundamentos.

2. Ver o negócio como um hobby

Abrir o salão e não estar presente, acompanhando o dia a dia da empreitada, é um dos caminhos que podem levar ao fracasso. “No segmento de beleza, o dono deve ficar sempre atento. É um tipo de business diferente de uma loja de cosméticos ou posto de gasolina, por exemplo, onde há controle, informatização, câmeras, etc…”, recomenda Carlos Oristânio. Esses recursos preservam em parte a ausência temporária do dono. Já em um salão há um grande número de funcionários, o cabeleireiro e a manicure precisam ser competentes, estar sempre com boa aparência, ter pontualidade, cobrar corretamente pelos serviços, enfim, apenas o dono ou um gerente capacitado podem conduzir o bom funcionamento do estabelecimento.

3. Locação cara e ponto ruim

Alerta vermelho para o aluguel que consome acima de 10% da receita bruta. “Sempre que ele ultrapassa esse limite, o salão se torna inviável e passa por dificuldades financeiras”, alerta Oristânio. “Como o mercado em geral pratica comissões de 50%, em média, mais da metade do faturamento será destinado à folha de pagamento. Sobram cerca de 46% da receita para as despesas fixas, além de impostos e distribuição de lucros. Explico sempre que o valor da locação do imóvel tem de girar em torno de 5% a 7%, para melhorar a lucratividade”, completa Oristânio. No caso de salões de shoppings, onde o aluguel e o condomínio podem ultrapassar os 10%, geralmente as comissões são menores. Já o ponto comercial deve ser compatível com o público a ser conquistado, levando em conta a localização, a arquitetura do local e sua coerência entre o negócio e o cliente daquela região geográfica. “A manutenção adequada também deve estar em pauta, já que ela pode prejudicar a execução dos serviços e diminuir o conforto dos frequentadores”, diz Furquim.

4. Estoque malgerido

Um verdadeiro calcanhar de aquiles do administrador. “É comum eu encontrar no estoque de salões mais grifes do que em muitas perfumarias. Isso demonstra falha na compra, ausência de política de marcas, péssimo relacionamento com fornecedores e sempre leva a empresa a ter um custo muito alto de estocagem”, comenta Marcos Furquim. O erro causado pela parte administrativa também acaba prejudicando as finanças, já que se fica com uma grande quantia presa em produtos e ainda há o risco de desperdício e perda de validade. “Atualmente, manter um pequeno estoque é uma tendência cada vez maior”, complementa Oristânio.

5. Falta de capital de giro

É necessário haver capitalização para que um novo salão opere no vermelho por algum tempo. Independentemente do tempo de retorno, que pode variar de 18 a 36 meses, o proprietário precisa de capital de giro, ou seja, um suporte financeiro para tocar as operações do dia a dia. A empresa estará no vermelho e esse valor vai cobrir os custos. “A média para se atingir o ponto de equilíbrio, quer dizer, quando a receita se iguala às despesas, é de 18 meses, mas há exceções. Após esse tempo, o negócio já deve começar a distribuir lucro mensalmente”, revela Oristânio. Já a elaboração da tabela de preços não é uma escolha aleatória. “Eles têm que ser baseados no custo do serviço, do produto e da margem de lucro. É difícil um cabeleireiro, sem o auxílio de um administrador ou contador, formar os valores corretamente”, completa Oristânio. Assim, ele pode errar para baixo, causando prejuízos, ou puxando os valores para cima, tornando os protocolos caros, inviáveis para a clientela e perdendo clientes para a concorrência. Uma boa estratégia é o dono do salão aprender sobre finanças informe-se mais.

6. Descontrole das despesas

A falta de atenção em relação aos serviços executados no dia a dia, às contas, enfim, ao que entra e sai de recursos, é um dos erros mais graves que o administrador comete e que fatalmente gera prejuízos e facilita desvios. “Uma falha que afunda qualquer salão é a ausência de controle financeiro, não ter um fluxo de caixa, nem consciência do custo fixo e variável do empreendimento. Só com esses problemas qualquer lugar pode ir à falência em questão de poucos meses. A dica é que o proprietário busque auxílio em cursos, como os do Sebrae”, aponta Marcos Furquim. O drama também pode ser resolvido com a assessoria de um bom gestor administrativo. “A instalação de softwares de gerenciamento específicos também é uma ferramenta indispensável para ficar por dentro de todas as entradas e saídas diárias”, diz Carlos Oristânio.

7. Informalidade

Ao apostar em colaboradores sem os direitos garantidos pela CLT, o proprietário deixa o negócio vulnerável a reclamações trabalhistas. Além do registro em carteira, há outras opções, como contratos de autônomos, cooperativas, pessoas jurídicas. O importante é formalizar a relação de trabalho, contando sempre com a assistência de um advogado ou contador. Outro problema em relação a funcionários é que uma equipe malconduzida pode ser um dos fatores de fechamento de um salão. Algumas situações transformam em concorrentes gente que deveria vestir a camisa da empresa. “Há aqueles que se recusam a fazer cursos e acham que sabem tudo; sem contar os cabeleireiros muito competitivos que entram numa guerra de egos e se recusam a trabalhar juntos para agradar a uma cliente, o que impede o crescimento do negócio. Às vezes o proprietário que também é hairstylist sabota a própria equipe, impedindo que outros talentos brilhem”, enumera Marcos Furquim. Ele também acrescenta outros pecados do time: “Falhas no atendimento, como atrasos, fofocas no local de trabalho, expondo a clientela a constrangimentos, e profissionais que só contestam as regras e viram revolucionários em vez de funcionários”, finaliza.


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18 comentários em “Salão de Beleza: 7 Pecados (erros) que fazem o negócio quebrar”

  1. abri um salão de beleza a 9 meses em um lugar nobre aki no rj dentro de um condomínio , além desses erros todos que cometi na materia acima , ainda não me deixam colocar um letreiro uma sinalização que ali twm um salão , obs comprei o ponto e alu ha era um salao, conclusão to extremamente frustada , envergonhada pois e gostaria de saber se tem como reverter esse quadro de falencia ainda naquele lugar? alguen me responda

  2. Olá pessoal sem desmerecer ninguém, nada na vida é de certeza, agente sempre analisa os fatos, e damos nossas opiniões, é o certo cada cabeças uma sentença, so que na minha humilde opinião além de tudo, como curso, faculdade e etc… Algumas amigas ai também ja dissestes e eu concordo. Neste mundo da beleza, não basta só saber, querer, e até achar que sabe, mais importante é amar com paixão esta profissão, coisas que a grande maioria faz é somente pelo dinheiro, sem se emportar com nada, pq tudo que fazemos por amor e dedicação será sempre bem feito, e as chances de se dar bem procurando informações será sempre um prazer, isso não se torna profissão, mais sim um lazer onde tudo, e esforços valeram apena.! Beijos e abraços

    1. Hoje fui fazer a unha do pé , como tinha outra manicure desocupada que fez minha mão, na hora de pagar cobraram mais caro alegando que eu usei duas profissionais, gostaria de saber se essa norma é correta , obrigado

  3. Pra cuidar dos cabelos não precisa ter faculdade. Se tiver, OK, acrescente mais conhecimento ao que sabe. Ha necessidade de formação sim, um bom curso tipo Senac, Embeleze etc e muita experiência, a prática fará toda diferença.

  4. Olá, vi alguém perguntando se estudante que tenha abandonado curso de cabeleireiro pode abrir salão… Na verdade qualquer pessoa pode abrir um salão e administrar, mas somente aquele que tiver preparação, certificação etc poderá atuar metendo a mão na massa, cabeleireiro cuidando dos cabelos, manicure, das unhas etc…

  5. realmente e uma ma teria muito importante e nos ajuda muito.

    gostaria de fazer uma pergunta e aguardo resposta,alunos que iniciam o curso de cabeleireiro pela primeira vez sem experiencia e apos 6 meses de curso desiste do curso. pode abrir salao de beleza:

  6. Juliana Galdino Pinto, voce falou tudo, o que disse esta certissimo, o que mais tem é gente que fica desempregado e monta salão fundo de quintal, Salao de beleza em qualquer parte do mundo é questao de saude publica, menos aqui no Brasil, onde qualquer um pode montar uma escola profissionalizante de cabelo e estetica e ai uma pessoa vai la faz um cursinho meia boca e ja acha que é profissional da beleza…….
    No Brasil tinha que ter uma lei, onde somente quem tivesse curso superior poderia ter a autorização pra abrir um salao ou clinica de beleza, e a fiscalização tinha que ficar de cima, mas infelizmente tamos no pais do “oba-oba”.

  7. Avatar
    Camila Almeida dos Reis.

    muito interessante,adorei….sempre percebi tudo isso nos salões em que eu trabalhei…..hoje trabalho sozinha, conquistei uma clientela muito fiel ,estou estudando na faculdade e amo o que faço.

  8. Avatar
    sandra mara ramos dos santos

    concordo com fazer faculdade mas, tambem acho que tem que estar no sangue amar aquele cheiro de salão sabe? ter jogo de cintura c clientes e valorizar colaboradores se vç ama um bom trabalho estara sempre procurando fazer o melhor saber que nunca se sabe td sempre estamos aprendendo coisas novas é como dizem é como andar de bicicleta mas agora as bicicletas são elétricas!! kk!!

  9. concordo plenamente com vc lazi faculdade nao é tudo nao o dida a dia é bem mais dificil na pratica manter um salao hj em dia é muito complicado tem ki ter jogo de cintura e muito amor na arte de cortar cabelos etc… logico ki cursos fazem toda a diferença conhecimento informaçao é muito inportante mais tem ki ter de tudo um pouco principalmente dom e amor bjss

  10. Como gerir o negócio?Esses 7 pecados são mortais!!!Que dica ótima! Vocês nos ajudando a fugir de armadilhas que não observamos como vilões que destroem sonhos. Abrir um negócio sem realmente estudar como ele funciona é jogar dinheiro fora, nossa área é gigante, mesmo abrindo uma sala de 20 m² é preciso aprender e pôr em prática uma gestão administrativa eficiente evitando aborrecimentos e saindo da informalidade o máximo possível.Parabéns pela matéria!!!

  11. a matéria fala dos 7 pecados quando abrimos um negócio np caso um salão de beleza é necessário mais do que uma faculdade de cabeleleiro é entender de números controle do que entra do que sai de como desenvolver relacionamentos com fornecedores e empregados garantindo a qualidade do serviço de calcular gasto, investimento, lucro e como trabalhar dentro da legalidade o máximo possível fugindo de armadilhas como um processo trabalhista e outros….

  12. Avatar
    juliana galdino pinto

    muito boa essa matéria, eu mesma tive uma dificuldade muito grande quando vim de São Paulo, onde fui buscar uma graduação na minha área. Sou de Vitória-ES, logo quando cheguei procurei alguns salões deixando currículo. Resultado: Sou profissional à 15 anos. Me formei em Visagismo Terapia Capilar, fiz curso técnico de Consultoria de Salão de Beleza e de Personal Stylist tudo para agregar ao nível do meu curso. O problema é que tem mesmo donos de salão que tem medo de competir com um funcionário que tem um currículo igual ao meu. Resolvi montar um curso de aperfeiçoamento, mas a cultura do “cabeleireiro ” é essa acha que fazendo um curso de 2 meses de fundo de quintal já sabe tudo, coitado do profissional de sabe tudo não é mesmo? Enquanto não tiver uma política mais severa para punir maus cabeleireiro que abre uma portinha para fazer “escova progressiva” “selagem térmica” “banho de ouro” “botox da s quantas””. Qaulquer um que souber escovar cabelo e passar “pranchinha” monta salão. Não querem fazer cursos.Acham caro, mas não vê que o profssional ficou 2 anos longe de casa passando aperto para poder pagar uma faculdade, O que tem de salão vendendo não está no gibi. É isso aí,m vou compartilhar essa matéria muito importante, resta saber se tem disposição pelo menos para ler a matéria. Um grande abraço, conheço o Oristânio já tive a oportunidade de assistir uma palestra dele, foi através dele que conheci esse curso de Visagismo.

    1. muitos curriculos nem sempre tí fará uma grande profissional,antes de tudo vem a humildade ,e a sabedoria interna ,acho que vc/ não tem juliana galdino pinto.

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